“Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. Por isso não me julguei digno de ir ter contigo.” – Lucas 7:6 e 7.
Jesus viveu na época da supremacia do império romano. Os judeus tinham muitas razões para não gostar dos romanos. Mas havia alguns romanos bons para os judeus. Um deles era um centurião que havia ajudado a construir uma sinagoga. Este centurião parecia ser uma boa pessoa, apesar de ser romano.
Certa ocasião um dos escravos deste centurião ficou enfermo a ponto de morrer. Este centurião era uma pessoa muito boa e amável. Compadeceu-se de seu escravo e, ouvindo falar de Jesus, decidiu que buscaria ajuda em Jesus através de alguns anciãos judeus. Ele enviou estes anciãos até Jesus para pedir a ele que curasse o seu escravo. Os anciãos disseram o seguinte a Jesus: “É digno de que lhe concedas isto; porque ama à nossa nação, e ele mesmo nos edificou a sinagoga.”
Veja. Os anciãos judeus passaram três informações importantes a Jesus a respeito do centurião: Primeiramente disseram que ele era digno de ter um pedido atendido. Depois disseram que ele amava a nação dos judeus e, finalmente, que ele havia edificado a sinagoga. Uma bela recomendação para um homem líder de um exército poderoso que tinha a força ao seu lado e por isso não precisaria fazer favores deste tipo com motivações interesseiras. Isto nos leva a crer que realmente aquele centurião era movido pelo amor (se não houvesse amor em seu coração ele não se preocuparia com um escravo).
Quando Jesus se dirigia à casa do centurião e já estava perto, este envia novamente mensageiros que dizem ao Mestre o que está no verso de hoje. Duas vezes o centurião admite sua indignidade de receber o Senhor Jesus. Que estranho! Enquanto todos diziam que o centurião era digno, ele mesmo admitiu sua indignidade quando Cristo aproximou-se de sua casa. Por que isso?
O fato é que podemos nos considerar dignos quando Cristo está longe, mas quando o Senhor Jesus se aproxima de nós ele nos dá a verdadeira percepção de nossa indignidade. Ao contemplar o caráter de Deus refletido na vida e obra de seu Filho vemos quão indigno somos.
O Senhor se aproxima dos que se sentem indignos e inclina seus ouvidos para ouvir suas preces. Amigo, se hoje você se sente indigno por algo que cometeu ou que vem comentendo com frequência, o Senhor se compadece de ti e deseja curá-lo como fez àquele escravo do centurião romano.
Oração: Amado Deus. Tu és digno de toda honra e toda glória. Tu és digno de todo louvor no céu e na terra. Não há nada que podemos dizer, fazer ou oferecer que esteja a altura de sua dignidade. Diante de ti somos os mais indignos dos homens, o valor de nossa justiça é comparável à de um escravo doente que só dá prejuízo ao seu senhor e nada produz. Diante disso só nos resta louvá-lo pelo teu amor, pela tua misericórdia, porque mesmo sendo sem valor o Senhor nos dá valor e nos resgatou pagando o preço do precioso sangue do seu filho Jesus. E é em nome dele que eu me dirijo a ti neste dia. Amém.