“Então lhe disse Davi: Não temas, porque de certo usarei contigo de benevolência por amor de Jônatas, teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai; e tu sempre comerás à minha mesa.” – II Samuel 9:7.
Saul, o primeiro rei de Israel, não andou nos caminhos do Senhor. Por este motivo o Senhor retirou de Saul o reino e o deu a Davi. Saul, quando percebeu que sua fama estava sendo sobrepujada pela de Davi, iniciou uma perseguição ao futuro rei de Israel. O mais impressionante desta história é que Jônatas, filho de Saul e natural sucessor na liderança de Israel, foi um grande amigo de Davi e trabalhou para proteger sua vida. Após a morte de Saul e de seu filho Jônatas numa batalha, Davi assumiu oficialmente a liderança de Israel.
Antigamente, quando um novo rei assumia o trono era costume matar os descendentes do rei anterior para não correr o risco de perder o poder para algum deles. Houve alguns que, por amor ao poder, mataram seus próprios irmãos (Abimeleque foi um destes – veja Juízes 9). Além disso o novo rei tomava as terras e propriedades do antigo rei e de seus familiares. Surpreendentemente Davi, ao assumir o reino, buscou fazer o bem para os descendentes de Saul por amor a Jônatas, seu grande amigo. Descobriu que havia um filho de Jônatas chamado Mefibosete, aleijado dos dois pés. Davi restituiu a Mefibosete as terras de Saul e também deu a Mefibosete o privilégio de comer à mesa do rei.
Quando Mefibosete ouve esta proposta de Davi questiona: “Que é o teu servo, para teres olhado para um cão morto tal como eu?” (II Sam. 9:8). Por que Davi pouparia a vida de um descendente aleijado de um rei que o havia perseguido?
Algo muito semelhante ocorre no reino de Deus. Nosso Pai Eterno olha para a raça humana caída, uma raça que por causa do pecado perdeu a vida e o paraíso e diz: “Por amor do meu Filho Jesus eu preservo sua vida, eu lhe restituo a terra perdida e faço com que venhas comer em minha mesa.” Diante disso, nós, pecadores, aleijados espirituais das duas pernas, questionamos: “Quem somos nós, Senhor, para que nos considere e nos restitua o que perdemos? Somos como cães indignos, os nossos pecados mataram o Seu amado Filho.” Então o Pai nos responde: “Há apenas uma resposta para isso: Faço isso a você por amor ao meu Filho Jesus”.
Meu amigo. Medite hoje no grande amor que o Pai tem por nós. Ele restituirá o que perdemos. Não restituirá da forma como esperamos, mas de forma muito mais maravilhosa.
Que Deus abençoe o seu dia.
Oração: Pai de Amor. Obrigado, obrigado, obrigado por seu infinito amor. Obrigado por restituir em mim a alegria da salvação. Obrigado porque eu, mesmo sem merecer, posso diariamente me alimentar em sua mesa. Sou como Mefibosete, aleijado, descendente de caídos, digno de morte. Mas o Senhor estende sua mão sobre mim e movido pelo amor me dá o que não mereço. Não tenho palavras para agradecer o que o Senhor tem feito por mim. Aceite meu coração neste dia. Em nome de Jesus. Amém.