“E sentando-se Jesus defronte do cofre das ofertas, observava como a multidão lançava dinheiro no cofre.” – Marcos 12:14.
Ali estava Jesus, sentado perto do cofre onde as multidões lançavam suas ofertas para o templo. Cristo estava parado, observando e meditando sobre o ato de doar. Ele percebeu que alguns doavam grandes quantias, outros, porém, quantias insignificantes. Quais seriam as melhores ofertas? Se perguntássemos a um indivíduo comum, contaminado pela filosofia materialista, ele responderia que a melhor oferta é aquela de maior valor financeiro. Hoje costumamos dizer que fulano deu uma “boa” oferta para a igreja quando ele deu muito dinheiro.
No entanto, Cristo mostrou que o valor das ofertas aos olhos de Deus não é necessariamente proporcional ao seu valor financeiro. Deus olha o espírito com o qual o doador entrega sua oferta. Estará o doador entregando a oferta com alegria ou para manter as aparências diante de um grupo que espera que ele doe? É impossível para um ser humano comum saber e julgar qual é o espírito de um doador, se doa com amor ou por obrigação, se doa com alegria ou com o desejo de receber algo em troca. Dá para saber o valor, mas não o espírito. Mas Cristo nesta ocasião apontou para um aspecto visível que dá uma boa indicação sobre o espírito com o qual o doador oferece suas dádivas. Vejamos:
Cristo disse aos seus discípulos a respeito de uma viúva pobre que deu apenas duas moedinhas: “Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais do que todos os que deitavam ofertas no cofre; porque todos deram daquilo que lhes sobrava; mas esta, da sua pobreza, deu tudo o que tinha, mesmo todo o seu sustento.” – Marcos 12:43 e 44.
Os discípulos, assim como qualquer outro indivíduo comum, prestavam atenção no valor dado pelos ofertantes, mas Cristo chamou a atenção para um outro aspecto: Quanto sobrou para o ofertante? Deus não olha para quanto nós damos, Ele olha para aquilo que não damos, para aquilo que sobra. A proporção entre o que damos e o que sobra é um bom indicador do espírito com que damos. E é exatamente isso que Cristo estava analisando naquela ocasião e é a respeito desta “sobra” que Cristo avaliou a grande oferta daquela mulher. Ela deu 100% do que tinha enquanto os “bons” doadores deram apenas uma pequena parte.
Cristo é sensível às dificuldades financeiras dos dias modernos. Ele sabe dos compromissos financeiros dos seus filhos. Mesmo assim ele avalia um doador não pelo que este dá, mas pela sua capacidade de doar, pelo que sobra em sua carteira.
Deus não quer o nosso dinheiro. Ele quer nossa vida integralmente. No dia em que formos totalmente de Deus teremos alegria de dar a Ele tudo que temos e que somos.
Oração: Amado Pai. Ultimamente não tem sobrado muito para lhe oferecer, mas é verdade que tenho gasto dinheiro com coisas para o meu prazer pessoal. Senhor, quero estar mais envolvido em sua obra. Quero usar meus talentos, tempo e recursos para auxiliar aquelas pessoas que precisam de ajuda. Senhor, transforme o meu coração. Faça de mim uma pessoa altruísta, uma pessoa que ame os seres humanos e seja sensível ao sofrimento do pobre. Quero lhe dar tudo, mas ainda tenho alguma resistência, Senhor. Quebra o meu coração. Em nome de Jesus. Amém.